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TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS: DESAFIOS E PERSPESPECTIVAS

Alana Diniz de Oliveira, Arthur Costa Rabelo de Moraes, Rodrigo Veloso Souto Rocha, Larissa Cardoso Rezende, Nicole Modesto Murad,  Laura Caetano de Sá, Giovanna Moreira Drager Delfino, Lucas Henrique Pereira Ramos, Luiza Nogueira Martins e Michelle Alves Ribeiro.

RESUMO

O artigo "Transplante de Órgãos: Desafios e Perspectivas" abordou uma ampla gama de tópicos relacionados a essa área crucial da medicina. Os transplantes de órgãos são uma forma vital de tratamento para pacientes com doenças graves, mas enfrentam desafios significativos. Um dos principais desafios é a escassez de doadores, o que demanda a busca por estratégias inovadoras para aumentar a disponibilidade de órgãos. Além disso, a rejeição do órgão transplantado é uma preocupação constante, requerendo o aprimoramento da imunossupressão e o desenvolvimento de terapias alternativas. Considerações éticas e legais também foram discutidas, desde a alocação justa de órgãos até a prevenção do comércio ilegal. Políticas e legislações apropriadas são necessárias para garantir um sistema ético e equitativo de transplantes. O artigo também abordou as perspectivas futuras e os avanços tecnológicos nesse campo. A engenharia de tecidos e órgãos, a terapia de edição genética e a imunomodulação estão entre as áreas promissoras. A inteligência artificial e a análise de big data também podem desempenhar um papel importante na melhoria dos resultados. Em suma, o artigo ressaltou a importância da conscientização sobre a doação de órgãos, a necessidade de investimentos em pesquisa e colaboração interdisciplinar, além do compromisso contínuo com o aprimoramento científico, ético e legal. Com esses esforços, buscamos melhorar a vida daqueles que dependem dos transplantes de órgãos e enfrentar os desafios existentes nessa área vital da medicina.

Palavras Chave: Transplante de órgãos. Desafios. Perspectivas.

ABSTRACT

The article "Organ Transplantation: Challenges and Prospects" covered a wide range of topics related to this crucial area of medicine. Organ transplants are a vital form of care for patients with serious illnesses, but they face significant challenges. One of the main challenges is the shortage of donors, which demands the search for innovative strategies to increase the availability of organs. Furthermore, rejection of the transplanted organ is a constant concern, requiring the improvement of immunosuppression and the development of alternative therapies. Ethical and legal considerations were also discussed, from fair organ allocation to preventing illegal trade. Appropriate policies and legislation are needed to ensure an ethical and equitable transplant system. The article also addressed future perspectives and technological advances in this field. Tissue and organ engineering, gene editing therapy and immunomodulation are among the promising areas. Artificial intelligence and big data analytics can also play an important role in improving results. In short, the article highlighted the importance of raising awareness about organ donation, the need for investments in research and interdisciplinary collaboration, as well as the ongoing commitment to scientific, ethical and legal improvement. Through these efforts, we seek to improve the lives of those who depend on organ transplants and address the challenges that exist in this vital area of medicine.

Keywords: Organ transplantation. Challenges. Prospects.

1 INTRODUÇÃO

O transplante de órgãos tem sido uma das conquistas mais significativas da medicina moderna, oferecendo a esperança de vida a muitas pessoas que sofrem de doenças crônicas e terminais. No entanto, apesar dos avanços alcançados, o campo dos transplantes enfrenta uma série de desafios e questões complexas que afetam sua eficácia e acessibilidade. Este ensaio explorará os principais desafios enfrentados pelos transplantes de órgãos, incluindo a escassez de doadores, a rejeição do órgão transplantado, a necessidade de imunossupressão e os problemas éticos e legais associados ao processo. Além disso, discutiremos as perspectivas futuras para o campo, incluindo o desenvolvimento de órgãos artificiais e a utilização de terapias avançadas, que podem oferecer soluções promissoras para superar esses desafios.

A escassez de doadores é um dos principais desafios enfrentados pelos transplantes de órgãos. O número de órgãos disponíveis para transplante é muito menor do que a demanda, resultando em longas listas de espera e perda de vidas preciosas. Esse desequilíbrio entre oferta e demanda destaca a necessidade de estratégias eficazes para aumentar a disponibilidade de órgãos doados, como campanhas de conscientização pública, incentivos para a doação e a exploração de novas fontes de órgãos, como os doadores vivos e a utilização de órgãos de suínos ou outras espécies.

Outro desafio crítico é a rejeição do órgão transplantado pelo sistema imunológico do receptor. Apesar dos avanços nos medicamentos imunossupressores, muitos pacientes ainda enfrentam o risco de rejeição aguda ou crônica do órgão. A busca por estratégias inovadoras para minimizar a rejeição e melhorar a sobrevida do órgão transplantado é uma área ativa de pesquisa, envolvendo terapias celulares, engenharia de tecidos e aprofundamento do conhecimento sobre a resposta imunológica.

A necessidade contínua de imunossupressão pós-transplante também apresenta desafios significativos. Os medicamentos imunossupressores são essenciais para prevenir a rejeição, mas podem causar efeitos colaterais graves e aumentar o risco de infecções e doenças secundárias. A busca por terapias alternativas que reduzam a dependência desses medicamentos e promovam uma melhor qualidade de vida para os receptores de transplantes é uma área de pesquisa ativa e de grande importância.

Além dos desafios técnicos e médicos, os transplantes de órgãos também enfrentam questões éticas e legais complexas. O processo de alocação de órgãos levanta preocupações sobre a justiça e igualdade de acesso, levando em consideração critérios como a gravidade da doença, a idade e a disponibilidade de recursos.

O objetivo deste artigo é analisar os desafios e as perspectivas do campo dos transplantes de órgãos. Serão exploradas as questões relacionadas à escassez de doadores, rejeição do órgão transplantado, necessidade de imunossupressão e os problemas éticos e legais associados ao processo. Além disso, busca-se discutir as perspectivas futuras, como o desenvolvimento de órgãos artificiais e terapias avançadas, que podem oferecer soluções promissoras para superar esses desafios.

2 METODOLOGIA

A metodologia de revisão de literatura para o artigo "Transplante de Órgãos: Desafios e Perspectivas" envolverá as seguintes etapas:

  1. Identificação da literatura relevante: Serão realizadas pesquisas em bases de dados acadêmicas, como PubMed, Scopus e Google Scholar, utilizando termos de pesquisa adequados, como "transplante de órgãos", "desafios", "rejeição", "imunossupressão" e "perspectivas". A busca será limitada a estudos publicados nos últimos 5 anos para garantir a atualidade das informações.

  2. Seleção dos estudos: Os estudos serão selecionados com base em critérios de inclusão pré-definidos. Serão considerados estudos originais, revisões sistemáticas, meta-análises e artigos de opinião relevantes para os desafios e perspectivas dos transplantes de órgãos. Estudos com amostras representativas, rigor metodológico e contribuições significativas para o tema serão priorizados.

  3. Avaliação da qualidade dos estudos: A qualidade dos estudos selecionados será avaliada utilizando critérios apropriados para cada tipo de estudo. Serão considerados critérios como desenho do estudo, tamanho da amostra, métodos de coleta e análise de dados, e relevância dos resultados para o objetivo do artigo. Essa avaliação ajudará a garantir a confiabilidade e validade dos estudos incluídos na revisão.

  4. Análise e síntese dos resultados: Os resultados dos estudos selecionados serão analisados e sintetizados de forma a identificar os principais desafios enfrentados pelos transplantes de órgãos e as perspectivas futuras. Serão identificadas tendências, lacunas de conhecimento e possíveis soluções propostas na literatura.

  5. Redação do artigo: Com base na análise dos resultados, o artigo será redigido, estruturando a revisão de literatura de forma clara e organizada. Serão apresentados os desafios identificados, as perspectivas futuras e as conclusões derivadas da revisão da literatura. As referências bibliográficas serão devidamente citadas e formatadas de acordo com as diretrizes do periódico em que o artigo será submetido.

Ao seguir essa metodologia de revisão de literatura, espera-se que o artigo forneça uma visão abrangente e embasada dos desafios e perspectivas no campo dos transplantes de órgãos, com base em evidências científicas atualizadas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 ESCASSEZ DE DOADORES E ESTRATÉGIAS PARA AUMENTAR A DISPONIBILIDADE DE ÓRGÃOS

A escassez de doadores é um dos principais desafios enfrentados pelos transplantes de órgãos. A demanda por órgãos para transplante supera significativamente a oferta, resultando em longas listas de espera e perda de vidas preciosas. Para lidar com essa escassez, várias estratégias têm sido adotadas para aumentar a disponibilidade de órgãos doados. Alguns tópicos relevantes a serem explorados incluem:

Campanhas de conscientização pública: Iniciativas de conscientização são realizadas para informar e educar o público sobre a importância da doação de órgãos e os benefícios que ela proporciona. Essas campanhas visam eliminar mitos e equívocos, bem como promover uma cultura de doação.

Programas de incentivo à doação: Diversos programas foram implementados para incentivar a doação de órgãos. Isso pode incluir programas de recompensa financeira para os doadores vivos, benefícios para a família do doador falecido, isenção de taxas ou benefícios fiscais para os doadores, entre outras iniciativas.

Doadores vivos: A utilização de doadores vivos, como familiares ou amigos próximos, tem se tornado uma opção mais comum, especialmente em casos de transplantes de rim e fígado. Essa abordagem permite ampliar o número de órgãos disponíveis para transplante e reduzir a dependência da lista de espera.

Transplante de órgãos de doadores marginalmente estendidos: Algumas estratégias têm sido desenvolvidas para ampliar o pool de doadores, incluindo a utilização de órgãos de doadores marginalmente estendidos. Isso envolve órgãos provenientes de doadores mais idosos, com comorbidades ou que não atendem a todos os critérios tradicionais de doação, mas ainda podem ser adequados para transplante em determinados receptores.

Fontes alternativas de órgãos: Além dos doadores humanos, estão sendo exploradas fontes alternativas de órgãos, como órgãos de suínos geneticamente modificados ou bioimpressão de tecidos e órgãos em laboratório. Essas abordagens inovadoras têm o potencial de superar a escassez de órgãos e reduzir a dependência exclusiva de doadores humanos.

Ao explorar essas estratégias para aumentar a disponibilidade de órgãos doados, o artigo poderá fornecer insights sobre as medidas adotadas para enfrentar a escassez de doadores e melhorar o acesso a transplantes de órgãos, destacando as oportunidades e os desafios associados a cada abordagem.

3.2 REJEIÇÃO DO ÓRGÃO TRANSPLANTADO

A rejeição do órgão transplantado é um desafio significativo nos procedimentos de transplante de órgãos. O sistema imunológico do receptor reconhece o órgão transplantado como um corpo estranho e desencadeia uma resposta imunológica que pode resultar na rejeição do órgão. Alguns tópicos relevantes para abordar nesse contexto incluem:

Tipos de rejeição: Existem dois principais tipos de rejeição de órgãos transplantados: rejeição aguda e rejeição crônica. A rejeição aguda ocorre logo após o transplante e pode ser controlada com terapia imunossupressora. Já a rejeição crônica é um processo progressivo que ocorre ao longo do tempo e é mais difícil de ser tratada.Mecanismos de rejeição: A rejeição do órgão transplantado ocorre devido a uma resposta imunológica desencadeada pelo sistema imunológico do receptor. Os principais mecanismos envolvem o reconhecimento de antígenos do órgão transplantado pelas células imunológicas, levando à ativação de células T e produção de anticorpos que destroem o tecido transplantado.

Imunossupressão: A imunossupressão é uma estratégia utilizada para prevenir a rejeição do órgão transplantado. Ela envolve o uso de medicamentos imunossupressores, que suprimem a resposta imunológica do receptor. Os principais medicamentos incluem corticosteroides, agentes antiproliferativos e agentes bloqueadores de células T. No entanto, a imunossupressão pode apresentar efeitos colaterais e aumentar o risco de infecções e outras complicações.

Monitoramento da rejeição: É essencial monitorar regularmente os receptores de transplante para detectar sinais de rejeição. Isso envolve exames clínicos, testes laboratoriais, biópsias e imagens médicas. O monitoramento adequado ajuda a identificar precocemente a rejeição e ajustar a terapia imunossupressora para minimizar os danos ao órgão transplantado.

Avanços no tratamento da rejeição: Pesquisas estão em andamento para desenvolver novas estratégias de prevenção e tratamento da rejeição do órgão transplantado. Isso inclui o uso de terapias celulares, como células reguladoras e células-tronco, terapia de indução imunossupressora mais personalizada e o desenvolvimento de novos medicamentos imunossupressores com menor toxicidade e maior eficácia.

Ao discutir esses aspectos da rejeição do órgão transplantado, o artigo fornecerá insights sobre os desafios enfrentados nessa área e as abordagens atuais e emergentes para minimizar a rejeição e melhorar a sobrevida do órgão transplantado.

3.3 NECESSIDADE DE IMUNOSSUPRESSÃO PÓS TRANSPLANTE

A necessidade de imunossupressão pós-transplante é um aspecto crucial nos procedimentos de transplante de órgãos. Após o transplante, o receptor precisa receber medicamentos imunossupressores para suprimir o sistema imunológico e evitar a rejeição do órgão transplantado. Alguns tópicos relevantes para abordar nesse contexto incluem:

Risco de rejeição: A imunossupressão é necessária para prevenir a rejeição do órgão transplantado. O sistema imunológico do receptor pode reconhecer o órgão transplantado como estranho e desencadear uma resposta imunológica contra ele. A imunossupressão reduz a atividade do sistema imunológico, minimizando a chance de rejeição.

Medicamentos imunossupressores: Os medicamentos imunossupressores são prescritos para suprimir a resposta imunológica do receptor. Esses medicamentos incluem corticosteroides, como a prednisona, agentes antiproliferativos, como a azatioprina e a micofenolato de mofetila, e agentes bloqueadores de células T, como a ciclosporina e o tacrolimo. A combinação desses medicamentos é adaptada individualmente para cada paciente, levando em consideração fatores como o tipo de órgão transplantado e o risco de rejeição.

Efeitos colaterais e complicações: A imunossupressão pode apresentar efeitos colaterais e complicações, incluindo maior suscetibilidade a infecções, aumento do risco de certos tipos de câncer, problemas renais, hipertensão arterial e distúrbios metabólicos. O monitoramento regular do paciente é essencial para identificar e tratar esses efeitos colaterais, além de ajustar a dosagem dos medicamentos conforme necessário.

Adesão ao tratamento: A adesão rigorosa ao regime de imunossupressão é fundamental para o sucesso do transplante. Os pacientes devem seguir o cronograma de medicamentos prescrito, respeitar as dosagens corretas e comparecer às consultas médicas regulares. A falta de adesão ao tratamento pode aumentar o risco de rejeição do órgão transplantado.

Pesquisas em terapias alternativas: Pesquisas estão em andamento para desenvolver terapias alternativas que possam reduzir a dependência de imunossupressores. Isso inclui o uso de terapia celular, como células reguladoras e células-tronco, que podem modular a resposta imunológica de maneira mais específica e direcionada, minimizando a necessidade de medicamentos imunossupressores de longo prazo.

Ao discutir a necessidade de imunossupressão pós-transplante, o artigo fornecerá informações sobre os desafios enfrentados pelos receptores de transplante, os medicamentos utilizados, os efeitos colaterais associados e as pesquisas em curso para desenvolver terapias alternativas mais eficazes e com menor toxicidade.

3.4 QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS

As questões éticas e legais desempenham um papel crucial no campo dos transplantes de órgãos. A alocação justa e equitativa de órgãos, o comércio ilegal de órgãos, a propriedade e o consentimento são alguns dos temas relevantes a serem abordados nesse contexto. Alguns tópicos específicos para explorar incluem:

Alocação justa de órgãos: A distribuição justa e equitativa de órgãos é um desafio ético e legal significativo. São necessários critérios claros e transparentes para determinar a prioridade dos pacientes na lista de espera, levando em consideração a gravidade da doença, o tempo de espera, a compatibilidade e outros fatores relevantes. O desenvolvimento de políticas e diretrizes eficazes de alocação de órgãos é essencial para garantir um sistema justo e ético.

Comércio ilegal de órgãos: O comércio ilegal de órgãos é uma questão ética e legal preocupante. A venda e a compra de órgãos são proibidas na maioria dos países, mas ainda existem mercados clandestinos onde pessoas vulneráveis são exploradas. Abordar o comércio ilegal de órgãos requer uma cooperação global, legislação rigorosa e a promoção de alternativas legais de doação.

Propriedade e consentimento: A questão da propriedade de órgãos e o consentimento para doação também são questões éticas e legais importantes. Quem tem o direito de decidir sobre o uso de órgãos após a morte? As leis e políticas variam em diferentes países e é necessário considerar as perspectivas dos doadores, suas famílias e a sociedade em geral.

Doação de órgãos vivos: A doação de órgãos vivos apresenta questões éticas complexas. A proteção do doador e a avaliação adequada de riscos e benefícios são fundamentais. A necessidade de consentimento informado, a ausência de coerção e a proteção da integridade física e emocional do doador são considerações essenciais.

Transplantes intercontinentais: Os transplantes intercontinentais levantam questões éticas e legais adicionais devido a diferenças culturais, políticas de saúde e sistemas jurídicos. O turismo de transplantes e a busca de órgãos em países com regulamentações mais permissivas podem criar dilemas éticos e legais complexos que precisam ser abordados.

Ao discutir essas questões éticas e legais, o artigo fornecerá uma compreensão mais ampla das complexidades enfrentadas no campo dos transplantes de órgãos e destacará a importância de abordagens éticas, legislação adequada e políticas públicas para garantir uma prática justa e ética de transplantes de órgãos em todo o mundo.

3.5 PERSPECTIVAS FUTURAS E AVANÇOS TECNOLÓGICOS

As perspectivas futuras e os avanços tecnológicos oferecem oportunidades emocionantes no campo dos transplantes de órgãos. A contínua pesquisa e inovação estão impulsionando novas abordagens e melhorias nos resultados dos transplantes. Alguns tópicos relevantes a serem abordados incluem:

Tecnologia de engenharia de tecidos e órgãos: A tecnologia de engenharia de tecidos e órgãos oferece perspectivas promissoras para o futuro dos transplantes. A bioimpressão 3D e a cultura de células-tronco estão sendo exploradas para criar órgãos e tecidos funcionais em laboratório. Isso poderia reduzir a dependência de doadores humanos e resolver o problema da escassez de órgãos.

Terapia de edição genética: A terapia de edição genética, como a técnica CRISPR-Cas9, tem o potencial de corrigir mutações genéticas em órgãos doados ou até mesmo em órgãos do próprio receptor antes do transplante. Isso pode aumentar a compatibilidade e reduzir o risco de rejeição, melhorando os resultados a longo prazo.

Imunomodulação e tolerância imunológica: Pesquisas estão em andamento para desenvolver estratégias de imunomodulação e indução de tolerância imunológica. Essas abordagens visam treinar o sistema imunológico para aceitar órgãos transplantados como "próprios", reduzindo a necessidade de imunossupressão de longo prazo e mitigando os riscos associados a ela.

Uso de órgãos de origem animal: A utilização de órgãos de origem animal, como órgãos de suínos geneticamente modificados, é uma perspectiva futura emocionante. Avanços na edição genética e na imunologia estão sendo explorados para superar as barreiras de rejeição e permitir a xenotransplantação, que poderia ampliar significativamente a disponibilidade de órgãos para transplante.

Inteligência artificial e análise de big data: A inteligência artificial (IA) e a análise de big data têm o potencial de melhorar o processo de seleção de doadores, prever a rejeição do órgão e otimizar os resultados pós-transplante. A IA pode ser usada para análise de dados clínicos e genômicos, auxiliando na tomada de decisões personalizadas e melhorando a precisão do transplante.

Ao explorar essas perspectivas futuras e avanços tecnológicos, o artigo fornecerá insights sobre as inovações em curso e as possibilidades emocionantes que podem moldar o campo dos transplantes de órgãos. Destacará a importância de investimentos contínuos em pesquisa e colaboração interdisciplinar para impulsionar o progresso e melhorar os resultados para pacientes que necessitam de transplantes de órgãos.

4 CONSIDERAÇÕES FINIAS

Em conclusão, o artigo sobre transplante de órgãos: desafios e perspectivas abordou uma variedade de temas relevantes e importantes nessa área. Os transplantes de órgãos têm sido uma solução vital para pacientes com doenças graves, proporcionando-lhes uma nova chance de vida. No entanto, vários desafios precisam ser enfrentados para melhorar ainda mais os resultados e superar as limitações existentes.

A escassez de doadores continua sendo um dos principais obstáculos, exigindo estratégias inovadoras para aumentar a disponibilidade de órgãos. Além disso, a rejeição do órgão transplantado representa um desafio significativo, exigindo aprimoramentos contínuos na imunossupressão e o desenvolvimento de terapias alternativas que minimizem os efeitos colaterais e melhorem a sobrevida do órgão.

As considerações éticas e legais são fundamentais nesse campo, desde a alocação justa de órgãos até o combate ao comércio ilegal de órgãos e a proteção dos direitos dos doadores e receptores. A implementação de políticas sólidas e legislação adequada é essencial para garantir um sistema ético e equitativo de transplantes de órgãos.

As perspectivas futuras e os avanços tecnológicos oferecem esperança e oportunidades emocionantes. A engenharia de tecidos e órgãos, a terapia de edição genética, a imunomodulação e a utilização de órgãos de origem animal estão entre as áreas de pesquisa promissoras. A inteligência artificial e a análise de big data também podem desempenhar um papel crucial na melhoria dos resultados do transplante.

Em última análise, é fundamental promover a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e incentivar a participação da sociedade nesse processo. Além disso, investimentos contínuos em pesquisa e colaboração interdisciplinar são necessários para impulsionar a inovação, superar os desafios existentes e fornecer melhores cuidados e resultados para os pacientes que necessitam de transplantes de órgãos.

Com um compromisso contínuo com aprimoramentos científicos, éticos e legais, podemos enfrentar os desafios e explorar as perspectivas futuras, com a esperança de melhorar significativamente a vida daqueles que dependem dos transplantes de órgãos.

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