Pesquisa Brasil
DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES E REEMERGENTES
Sophia Maria Rocha Campos, Juliana Bernabé Siles, Ana Júlia Macedo Lembrance, Aline Garcia Felizari, Luiza Ribeiro Pinto, Anna Clara Alves Martins Prado, Gabriela Paschoalim Freitas, Emanuel Henrique Barros Dornelas, Bruna Vaz da Silva e Patriny Rodrigues de Arruda Nascimento
RESUMO
As doenças infecciosas emergentes e reemergentes representam um desafio significativo para a saúde pública global. Essas doenças são caracterizadas pelo surgimento de novos patógenos ou pelo ressurgimento de doenças anteriormente controladas. Neste artigo, foram abordados os principais aspectos relacionados a essas doenças, incluindo fatores de risco, mecanismos de transmissão, impacto na saúde pública e estratégias de prevenção e controle. Um dos principais desafios enfrentados é a velocidade de propagação dessas doenças, que é impulsionada pela mobilidade global e pela conectividade. Além disso, a resistência antimicrobiana e as desigualdades de acesso à saúde são fatores que contribuem para a complexidade do problema. A emergência de novos patógenos também representa uma ameaça constante, exigindo vigilância e pesquisa contínuas. Para lidar com esses desafios, estratégias como vigilância epidemiológica, educação pública, medidas de controle de infecção, imunização, controle de vetores, cooperação internacional e compartilhamento de informações são fundamentais. Além disso, avanços tecnológicos, como diagnóstico rápido e desenvolvimento de vacinas, oferecem perspectivas promissoras no enfrentamento dessas doenças. Em conclusão, enfrentar efetivamente as doenças infecciosas emergentes e reemergentes requer uma abordagem abrangente, multidisciplinar e colaborativa. A cooperação entre países, o investimento em pesquisa e tecnologia, a educação pública e a equidade no acesso à saúde são fundamentais para enfrentar esses desafios e proteger a saúde pública global.
Palavras Chave: Doenças infecciosas. Emergentes. Reemergentes.
ABSTRACT
Emerging and reemerging infectious diseases pose a significant challenge to global public health. These diseases are characterized by the emergence of new pathogens or the resurgence of previously controlled diseases. This article addresses the main aspects related to these diseases, including risk factors, transmission mechanisms, impact on public health, and prevention and control strategies. One of the main challenges faced is the speed of spread of these diseases, which is driven by global mobility and connectivity. In addition, antimicrobial resistance and inequalities in access to health are factors that contribute to the complexity of the problem. The emergence of new pathogens also poses a constant threat, requiring ongoing vigilance and research. To deal with these challenges, strategies such as epidemiological surveillance, public education, infection control measures, immunization, vector control, international cooperation and information sharing are fundamental. In addition, technological advances, such as rapid diagnosis and vaccine development, offer promising perspectives in coping with these diseases. In conclusion, effectively addressing emerging and re-emerging infectious diseases requires a comprehensive, multidisciplinary and collaborative approach. Cooperation between countries, investment in research and technology, public education and equity in access to health are key to meeting these challenges and protecting global public health.
Keywords: Infectious diseases. Emerging. Reemerging.
1 INTRODUÇÃO
As doenças infecciosas emergentes e reemergentes representam um desafio contínuo para a saúde global. Essas doenças, muitas vezes causadas por vírus, bactérias, fungos ou parasitas, têm o potencial de se espalhar rapidamente e causar surtos e epidemias. Com o aumento da interconexão global, o surgimento dessas doenças se tornou mais frequente e preocupante.
A introdução dessas doenças no cenário mundial pode ocorrer de diversas maneiras, como a mutação de patógenos existentes, a transmissão de animais para humanos (zoonoses) ou o surgimento de novos patógenos. Além disso, fatores socioeconômicos, ambientais e comportamentais podem contribuir para a disseminação dessas doenças e dificultar o controle e a prevenção.
Essas doenças podem ter impactos significativos na saúde pública, na economia e na estabilidade social. Elas podem sobrecarregar sistemas de saúde, causar alta morbidade e mortalidade, além de requererem esforços intensivos de controle e resposta por parte das autoridades de saúde.
Diante desse cenário, é essencial compreender os desafios e as perspectivas no enfrentamento das doenças infecciosas emergentes e reemergentes. Isso envolve aprimorar a vigilância epidemiológica, o diagnóstico precoce, a resposta rápida e efetiva, além do desenvolvimento de vacinas e terapias antivirais e antibióticas eficazes. A colaboração internacional, a troca de informações e a coordenação entre países são fundamentais para prevenir e controlar a propagação dessas doenças.
Neste artigo, examinaremos os principais aspectos relacionados às doenças infecciosas emergentes e reemergentes, abordando sua origem, fatores de risco, mecanismos de transmissão, impacto na saúde pública e as estratégias necessárias para enfrentar essas doenças. Compreender e abordar esses desafios é essencial para proteger a saúde global e garantir respostas eficazes a essas ameaças emergentes.
2 METODOLOGIA
A metodologia de revisão bibliográfica para o artigo "Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes" pode seguir as seguintes etapas:
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Definição dos objetivos da revisão: É importante estabelecer claramente os objetivos da revisão, como identificar as principais doenças infecciosas emergentes e reemergentes, compreender os fatores de risco e os mecanismos de transmissão, analisar o impacto na saúde pública e explorar as estratégias de prevenção e controle.
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Identificação da literatura relevante: Realize uma busca abrangente em bases de dados científicas, como PubMed, Scopus ou Web of Science, utilizando termos de busca relevantes, como "doenças infecciosas emergentes", "doenças infecciosas reemergentes", "surto de doenças", "transmissão de patógenos", entre outros. Além disso, também é válido explorar relatórios de organizações internacionais de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), bem como publicações acadêmicas, livros e periódicos especializados.
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Seleção dos estudos: Avalie os títulos e resumos dos artigos identificados na busca inicial para determinar sua relevância em relação aos objetivos da revisão. Se necessário, obtenha o texto completo dos artigos selecionados para uma avaliação mais detalhada. Utilize critérios de inclusão e exclusão claros para selecionar os estudos que serão incluídos na revisão, levando em consideração a qualidade da pesquisa, a relevância do conteúdo e a representatividade geográfica.
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Análise e síntese dos resultados: Realize uma leitura crítica dos artigos selecionados, identificando as principais informações e evidências relacionadas às doenças infecciosas emergentes e reemergentes. Organize os resultados de forma temática, destacando os principais achados em relação aos fatores de risco, transmissão, impacto na saúde pública e estratégias de prevenção e controle. Procure por tendências, lacunas na literatura e divergências nas evidências.
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Redação do artigo: Com base na análise e síntese dos resultados, redija o artigo de forma clara e concisa, seguindo uma estrutura coerente. Inclua uma introdução que contextualize o tema, descreva a metodologia de revisão bibliográfica utilizada, apresente os resultados de forma organizada e discuta suas implicações. Finalize com uma conclusão que destaque as principais considerações e perspectivas relacionadas às doenças infecciosas emergentes e reemergentes.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 PRINCIPAIS DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES E REEMERGENTES
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COVID-19: A doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 emergiu em Wuhan, China, em dezembro de 2019 e rapidamente se espalhou pelo mundo, resultando em uma pandemia global. Os sintomas variam de leves a graves e podem incluir febre, tosse, falta de ar e fadiga.
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Zika vírus: O Zika vírus se tornou uma preocupação global em 2015, quando ocorreram surtos na América do Sul, Central e Caribe. A infecção pelo vírus Zika, transmitido principalmente por mosquitos, foi associada a complicações neurológicas, como a microcefalia em recém-nascidos e a síndrome de Guillain-Barré em adultos.
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Ebola: O vírus Ebola causa febre hemorrágica grave e surtos esporádicos ocorreram principalmente na África Central e Ocidental. A doença tem alta taxa de mortalidade e pode levar a sintomas como febre, fraqueza, dores musculares, vômitos e hemorragias.
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Dengue: A dengue é uma doença transmitida pela picada de mosquitos infectados. Ela afeta principalmente regiões tropicais e subtropicais do mundo. Os sintomas podem variar de leves a graves e incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, além de erupções cutâneas.
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Chikungunya: Assim como a dengue, a chikungunya é transmitida por mosquitos. Ela causa sintomas semelhantes, como febre alta, dores articulares intensas, fadiga e erupções cutâneas. A doença se espalhou para várias partes do mundo nas últimas décadas.
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Influenza pandêmica: A gripe pandêmica ocorre quando um novo subtipo de vírus influenza surge e se espalha amplamente entre a população, causando doenças graves. Exemplos notáveis incluem a pandemia de gripe espanhola em 1918 e a pandemia de gripe H1N1 em 2009.
Essas são apenas algumas das principais doenças infecciosas emergentes e reemergentes. É importante ressaltar que a lista pode variar ao longo do tempo, à medida que novos patógenos surgem ou a prevalência de certas doenças muda em diferentes regiões do mundo.
3.2 FATORES DE RISCO E MECANISMOS DE TRANSMISSÃO
Os fatores de risco e os mecanismos de transmissão das doenças infecciosas emergentes e reemergentes podem variar de acordo com cada patógeno específico. No entanto, existem alguns aspectos gerais a serem considerados:
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Contato direto com pessoa infectada: Muitas doenças infecciosas podem ser transmitidas por meio do contato direto com uma pessoa infectada. Isso pode envolver o contato físico próximo, como toque, beijo, espirro ou tosse, que pode levar à inalação de partículas infectadas.
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Transmissão por gotículas respiratórias: Alguns patógenos são transmitidos por gotículas respiratórias, que são pequenas partículas líquidas liberadas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. Essas gotículas podem ser inaladas por pessoas próximas ou depositadas em superfícies, onde podem sobreviver por algum tempo.
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Transmissão por via aérea: Alguns patógenos têm a capacidade de permanecer suspensos no ar por um período prolongado e podem ser inalados pelas pessoas. Isso é especialmente relevante em ambientes fechados com ventilação inadequada, onde o risco de transmissão aérea é maior.
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Transmissão por alimentos e água contaminados: Alguns patógenos podem ser transmitidos por meio de alimentos e água contaminados. Isso pode ocorrer devido à falta de higiene durante o manuseio e o preparo de alimentos, ou pela contaminação da água por fezes humanas ou animais.
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Transmissão por vetores: Muitas doenças infecciosas emergentes e reemergentes são transmitidas por vetores, como mosquitos, carrapatos ou moscas. Esses vetores atuam como hospedeiros intermediários, transmitindo o patógeno de uma pessoa ou animal infectado para um hospedeiro suscetível.
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Zoonoses: Alguns patógenos são transmitidos de animais para humanos, conhecidos como zoonoses. Essa transmissão pode ocorrer por meio do contato direto com animais infectados, consumo de produtos animais contaminados ou exposição a fezes, urina ou secreções animais.
Além desses mecanismos de transmissão, os fatores de risco podem incluir comportamentos de risco, como relações sexuais desprotegidas, uso compartilhado de seringas, viagens para áreas endêmicas, falta de imunização adequada, más condições sanitárias e de higiene, bem como condições socioeconômicas desfavoráveis que dificultam o acesso a cuidados de saúde adequados.
É importante ressaltar que cada doença infecciosa tem suas próprias características de transmissão e fatores de risco associados. Portanto, é fundamental entender esses aspectos específicos para implementar medidas eficazes de prevenção e controle.
3.3 IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA
As doenças infecciosas emergentes e reemergentes têm um impacto significativo na saúde pública em diversos aspectos. Alguns dos impactos mais relevantes são:
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Morbidade e mortalidade: As doenças infecciosas podem resultar em uma alta morbidade, com um grande número de pessoas infectadas e apresentando sintomas. Dependendo da gravidade da doença e da capacidade de propagação, as taxas de mortalidade podem ser elevadas, resultando em um impacto significativo na saúde e no bem-estar das populações afetadas.
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Sobrecarga dos sistemas de saúde: O surgimento de doenças infecciosas emergentes e reemergentes pode sobrecarregar os sistemas de saúde, especialmente em áreas com recursos limitados. O aumento repentino de casos pode levar a uma demanda excessiva de serviços médicos, incluindo hospitalizações, cuidados intensivos e acesso a medicamentos e equipamentos adequados.
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Impacto socioeconômico: As doenças infecciosas têm um impacto econômico significativo, tanto em nível individual quanto em nível coletivo. Elas podem levar ao afastamento do trabalho, perda de produtividade, diminuição da atividade econômica e custos elevados para o sistema de saúde. Além disso, as medidas de controle e prevenção, como quarentenas e restrições de viagem, também podem ter um impacto negativo nas atividades comerciais e no turismo.
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Disrupção social: Epidemias e pandemias podem causar uma disrupção social considerável. Medidas de distanciamento social, cancelamento de eventos públicos, fechamento de escolas e restrições de mobilidade podem afetar a vida cotidiana das pessoas, bem como suas interações sociais e mentais.
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Consequências psicológicas: As doenças infecciosas podem ter consequências psicológicas significativas nas populações afetadas. O medo, a ansiedade e o estresse relacionados à possibilidade de infecção, doença grave ou perda de entes queridos podem afetar o bem-estar mental das pessoas e exigir suporte psicossocial adequado.
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Desafios de controle e prevenção: As doenças infecciosas emergentes e reemergentes podem representar desafios significativos para os esforços de controle e prevenção. A rápida disseminação do patógeno, a falta de tratamentos eficazes e a ausência de vacinas específicas podem dificultar o controle da doença e aumentar seu impacto na saúde pública.
É essencial compreender o impacto dessas doenças na saúde pública para orientar políticas e estratégias eficazes de prevenção, resposta e manejo. A colaboração internacional, a pesquisa contínua e a capacidade de resposta rápida são fundamentais para mitigar o impacto dessas doenças e proteger a saúde da população.
3.4 ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Existem diversas estratégias de prevenção e controle que podem ser adotadas para lidar com doenças infecciosas emergentes e reemergentes. Algumas das principais estratégias incluem:
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Vigilância epidemiológica: Estabelecer sistemas de vigilância robustos para detectar precocemente casos de doenças infecciosas emergentes e reemergentes. Isso envolve monitorar a incidência, a prevalência e os padrões de transmissão das doenças, permitindo uma resposta rápida e eficaz.
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Educação e conscientização pública: Promover campanhas de educação e conscientização para informar a população sobre as medidas de prevenção, como higiene das mãos, uso adequado de máscaras, distanciamento físico e práticas de higiene respiratória. A conscientização pública é essencial para incentivar comportamentos saudáveis e reduzir o risco de propagação das doenças.
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Medidas de controle de infecção: Implementar medidas de controle de infecção em ambientes de saúde, incluindo o uso adequado de equipamentos de proteção individual, desinfecção de superfícies, triagem de pacientes, isolamento de casos suspeitos e rastreamento de contatos. Essas medidas visam interromper a transmissão nos locais onde a disseminação é mais provável.
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Imunização: Desenvolver e implementar programas de imunização para prevenir doenças infecciosas. Vacinas eficazes são uma ferramenta fundamental para reduzir a incidência e a gravidade das doenças, protegendo as populações vulneráveis. Investir em pesquisa e desenvolvimento de vacinas é essencial para enfrentar doenças emergentes e reemergentes.
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Controle de vetores: Implementar estratégias de controle de vetores para doenças transmitidas por mosquitos, carrapatos e outros insetos. Isso pode incluir a redução de habitats de reprodução, uso de repelentes, uso de redes mosquiteiras, pulverização de inseticidas e controle biológico.
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Cooperação internacional e compartilhamento de informações: Estabelecer mecanismos de cooperação internacional para compartilhar informações, recursos e experiências no enfrentamento de doenças infecciosas emergentes e reemergentes. A colaboração entre países e agências internacionais é fundamental para monitorar e responder efetivamente a surtos e epidemias.
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Pesquisa e desenvolvimento: Investir em pesquisa contínua para entender melhor os patógenos, seus mecanismos de transmissão e desenvolver novas abordagens terapêuticas, diagnósticas e preventivas. Isso inclui o desenvolvimento de antivirais, tratamentos imunológicos, diagnósticos rápidos e tecnologias inovadoras para o controle de doenças infecciosas.
É importante ressaltar que as estratégias de prevenção e controle podem variar de acordo com a doença específica e a situação epidemiológica. Uma abordagem abrangente e adaptável, combinando múltiplas estratégias, é fundamental para enfrentar com sucesso as doenças infecciosas emergentes e reemergentes.
3.5 DESAFIOS E PERSPECTIVAS FUTURAS
Os desafios relacionados às doenças infecciosas emergentes e reemergentes são complexos e em constante evolução. Alguns dos desafios mais significativos incluem:
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Velocidade de propagação: A rápida propagação de doenças infecciosas, impulsionada pela mobilidade global e pela conectividade, representa um desafio significativo para a contenção e controle. O aumento do fluxo de pessoas e mercadorias facilita a disseminação rápida de patógenos, exigindo uma resposta ágil e coordenada.
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Resistência antimicrobiana: O uso excessivo e inadequado de antimicrobianos tem contribuído para o surgimento e disseminação de bactérias resistentes a medicamentos. A resistência antimicrobiana dificulta o tratamento de doenças infecciosas, limitando as opções terapêuticas disponíveis e aumentando o risco de complicações e mortalidade.
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Desigualdades de acesso à saúde: As doenças infecciosas emergentes e reemergentes afetam desproporcionalmente as populações mais vulneráveis, incluindo aqueles que têm acesso limitado a serviços de saúde de qualidade. As desigualdades socioeconômicas e de saúde podem dificultar a detecção precoce, o diagnóstico e o tratamento adequado, agravando o impacto dessas doenças.
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Emergência de novos patógenos: O surgimento contínuo de novos patógenos representa um desafio constante para a saúde pública. A capacidade de adaptação e evolução dos microrganismos pode resultar no surgimento de variantes mais virulentas ou resistentes, exigindo vigilância e pesquisa contínuas para entender e responder a essas ameaças emergentes.
Em termos de perspectivas futuras, há várias áreas que oferecem oportunidades de avanço no campo das doenças infecciosas emergentes e reemergentes:
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Tecnologias de diagnóstico rápido: O desenvolvimento de técnicas de diagnóstico rápido e portátil é fundamental para detectar precocemente patógenos emergentes e reemergentes. Isso permitiria uma resposta rápida, isolamento adequado de casos e rastreamento de contatos, contribuindo para o controle eficaz da disseminação da doença.
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Avanços em vacinas: A pesquisa contínua em vacinologia é essencial para o desenvolvimento de vacinas eficazes contra novos patógenos. Novas plataformas de vacinas, como vacinas de RNA mensageiro, mostraram promessa em fornecer proteção rápida e adaptável contra doenças infecciosas.
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Monitoramento e vigilância aprimorados: A utilização de tecnologias de monitoramento e vigilância aprimorados, como a inteligência artificial e a análise de big data, pode ajudar a identificar padrões de transmissão, rastrear surtos e prever o surgimento de doenças infecciosas emergentes.
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Colaboração global e compartilhamento de informações: A cooperação internacional e o compartilhamento de informações entre países e agências de saúde são fundamentais para enfrentar desafios globais de doenças infecciosas
4 CONSIDERAÇÕES FINIAS
Em conclusão, as doenças infecciosas emergentes e reemergentes representam um desafio constante para a saúde pública global. O surgimento de novos patógenos e o ressurgimento de doenças anteriormente controladas destacam a necessidade contínua de vigilância, preparação e resposta eficazes.
A compreensão dos fatores de risco, mecanismos de transmissão e impacto na saúde pública é essencial para desenvolver estratégias de prevenção e controle adequadas. A implementação de medidas de prevenção, como educação pública, medidas de controle de infecção, imunização e controle de vetores, desempenha um papel fundamental na redução da incidência e propagação dessas doenças.
No entanto, enfrentar os desafios relacionados a doenças infecciosas emergentes e reemergentes requer uma abordagem integrada e abrangente. A cooperação internacional, o compartilhamento de informações, a pesquisa contínua e a capacidade de resposta rápida são essenciais para identificar precocemente surtos, entender a dinâmica dos patógenos e desenvolver estratégias efetivas de controle.
Além disso, é fundamental abordar as desigualdades de acesso à saúde, garantindo que todas as populações tenham acesso igualitário a serviços de saúde de qualidade e medidas preventivas.
À medida que avançamos, é importante investir em pesquisas e tecnologias inovadoras, como diagnóstico rápido e avanços em vacinas, para enfrentar os desafios em constante evolução das doenças infecciosas emergentes e reemergentes.
Em suma, combater efetivamente as doenças infecciosas emergentes e reemergentes requer uma abordagem multidisciplinar, colaborativa e baseada em evidências, com o objetivo de proteger a saúde pública e garantir a segurança global. Somente por meio de esforços conjuntos podemos enfrentar com sucesso essas ameaças e promover um futuro mais saudável para todos.
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